O Hormônio da Obesidade
Bom dia leitores e leitoras,
Certamente já ouviram expressões populares do tipo "Magro de ruim", "Pensamento de gordo", etc. Tudo isso trás à baila o fato de que a obesidade é um fator de risco para várias doenças fatais com altas taxas de morbidade e mortalidade, tais como, doenças cardíacas e hipertensão, que estão na lista da OMS entre as 10 maiores doenças de risco para a saúde global.
Dentro desse contexto e, visando trazer luz aos amigos leitores, trazemos hoje a discussão sobre um peptídeo considerado o hormônio da obesidade...
Um breve entendimento se faz necessário....
O que é e pra que serve a gordura corporal?
O tecido adiposo é a reserva de energia do corpo, fornecendo “combustível” para que o músculo possa contrair. É o que entende-se, em linguagem médica, por gasto energético. O principal interesse da comunidade médica é incentivar um aumento do gasto energético gerando maior “queima” dessa gordura. A conta é simples...: Maior gasto energético + menor ingestão de calorias = Maior perda ponderal.
"Existem medicamentos que aumentam o gasto energético?". Sim... mas com efeitos colaterais um tanto inconvenientes.
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Atualmente, pesquisas tem procurado desenvolver um medicamento que seja bastante eficiente e seguro no aumento do gasto energético, mas que não atrapalhe os outros sistemas ou órgãos.
A distribuição das células de gordura (ADIPÓCITOS) se dá de maneira totalmente diferentes entre homens e mulheres:
*Em mulheres, localiza-se no abdômen inferior, nas áreas laterais das coxas (culotes) e nos glúteos. Essa disposição, antropologicamente, tem como finalidade a proteção da região pélvica numa eventual gravidez! Um “colchão protetor” para o útero.
*Em homens, quando excessiva, se acumula no abdômen.
Relativo aos tipos de adipócitos, Sabe-se que o tecido adiposo é intensamente povoado por células imunes chamadas de MACRÓFAGOS que produzem substâncias (citocinas) geradoras de processo inflamatório e são descritos em dois tipos:
*Subcutânea - facilmente palpável e de menor risco cardiovascular, porém, no esquema de prioridade de "queima" é a última a ser utilizada;
*Visceral - se encontra entre as alças intestinais, formando cordões de células adiposas. É fator de alto risco cardiovascular por compor-se de lipoproteínas que irão formar placas de gordura dentro das artérias (endotélio), principalmente as coronárias;
Baseados nesses conceitos, vamos entender
O QUE É A LEPTINA
Os adipócitos estão longe de serem células inertes! Elas produzem a LEPTINA, um hormônio peptídeo que sinaliza ao cérebro (especificamente a região do hipotálamo) quanto de gordura o corpo possui, desta forma o cérebro pode ajustar a ingesta alimentar e o metabolismo permitindo que o armazenamento de gordura seja mantido em certos níveis. Quanto maior a quantidade de gordura que a pessoa possui, maior será o nível de LEPTINA. Embora inicialmente os pesquisadores pensassem que a LEPTINA poderia ser utilizada para o tratamento da obesidade, eles rapidamente descobriram que a maioria dos obesos é resistente aos efeitos da LEPTINA. Tal resistência gera uma reação em cascata aumentando a resistência periférica a insulina! Daí a obesidade ser um fator de risco para a diabetes tipo 2; Em oposição a LEPTINA, a GRELINA que por sua vez "avisa" ao hipotálamo que precisamos nos alimentar! O desequilíbrio, por fatores diversos (principalmente a resistência central a LEPTINA e a resistência periférica a insulina), entre esses sistemas reguladores aparentemente antagônicos mas que funcionam sobretudo numa gangorra (quanto mais equilibrado melhor), gera o aparecimento das moléstias citadas acima. Observe nas figuras abaixo:
Ausência ou inadequada sinalização de Leptina
Na ausência ou na sinalização inadequada de leptina (que ocorreria em situações como envelhecimento e obesidade) ocorre um aumento dos ácidos graxos circulantes. Alguns autores postulam que não ocorra resistência, e sim que seja atingida uma capacidade máxima de saturação ao mecanismo de controle da leptina, e que este hormônio tenha como papel mais importante os mecanismos que sinalizam deficiência energética, e não o controle da obesidade.
Podemos regular as concentrações de
Leptina?
Existem evidências de que o zinco pode influenciar este hormônio. As concentrações de leptina diminuem em resposta a restrição de zinco e aumentam posteriormente a um período de suplementação.
E o exercício físico? Como atuaria no processo?
O exercício físico trás uma série de alterações metabólicas ao organismo. De forma mais imediata, destaca-se o aumento do gasto calórico necessário para sua realização e a mobilização
de substratos energéticos ("combustíveis") específicos. A posteriore, considerando a
adaptação ao treinamento, destaca-se a modificação na
composição corporal
e a capacidade aumentada de armazenar carboidratos nos
músculos esqueléticos. Todas essas modificações estão relacionadas a
fatores como idade, sexo, grau de treinamento, além do tipo e da
intensidade do exercício.
Importante ressaltar que o gasto energético encontra-se aumentado não somente durante a sua
execução, mas também no período de recuperação. Além disso, o treinamento
físico induz adaptações no organismo que permitem a mobilização maior de
nutrientes específicos como ácidos graxos e glicose. A oxidação desses
substratos energéticos para o exercício altera as concentrações de leptina. Por isso,
a redução da concentração desse hormônio em decorrência do exercício pode
ser devida a alterações da disponibilidade ou do fluxo de nutrientes nos
adipócitos.
Modificações na composição corporal também estão relacionadas
com as alterações na leptina.
A figura abaixo demonstra a importância do exercício na regulação de sistema LEPTINA/INSULINA/GRELINA
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Importante ressaltar que o gasto energético encontra-se aumentado não somente durante a sua execução, mas também no período de recuperação. Além disso, o treinamento físico induz adaptações no organismo que permitem a mobilização maior de nutrientes específicos como ácidos graxos e glicose. A oxidação desses substratos energéticos para o exercício altera as concentrações de leptina. Por isso, a redução da concentração desse hormônio em decorrência do exercício pode ser devida a alterações da disponibilidade ou do fluxo de nutrientes nos adipócitos.
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